sábado, 25 de junho de 2011

Só por isso


Por que quando você me fala parece um violão nas mãos do Caetano

Por que você parece um poema de Vinícius de Morais recitado no entardecer

Por que você apareceu como uma flor recém-chegada a purificar o dia

Por que você é linda como uma flor no primeiro dia da primavera

Por que seu sorriso é semelhante a uma lua minguante surgindo a meia-noite no horizonte

Por isso te ofereço o que guardei de melhor

Meu singelo e puro amor.


Daniel Normando

Amor paradoxal


Perfeita simetria

Ter o concreto e o abstrato

Ter o real e o surreal

Ter a brisa mansa desenhando o sabor dos seus lábios em minha boca

Ter a lua sorrindo dissipando a escuridão e seu calor me invadindo,

tirando-me a lucidez

Ter o mar da terra da luz e seu corpo suado sorvendo-me de amor

Ter as estrelas mostrando a imensidão e você nos meus braços estremecendo meu coração

Esse foi o cenário do nosso amor

Pintado de simplicidade, retocado com poesia e guardado nos murais da emoção


Daniel Normando

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Diferenças


Enquanto você no Olimpo ai de mim mortal

Enquanto você poesia eu carnaval

Enquanto você brisa eu vendaval

Enquanto eu além de tudo você afinal

Enquanto você monumento eu pedra e sal

Eu quanto eu boemia você romance ideal

Eu dois pra lá

Você dois pra cá

Indiferença


O teu soturno silêncio me invade

Torna as evidências dos fatos invisíveis

Oh musa dos poetas

A vida é um riacho imprevisível

Eu tão simplista

Iluminado pelos raios lunares

Confesso pro infinito todo o meu gostar

Amparado pelo brilho estrelar

Admito meus medos e instintos

Onde isso tudo vai parar?

Só saberei quando o sol acordar...


Daniel Normando

Meu eu


Eu sou o seu romance à moda antiga

Eu sou o seu poeta mais oculto

Eu sou a calmaria e a tempestade

Eu sou brisa da manhã e um vulcão

Eu sou Bossa Nova e Rock Roll

O artista que pintou o seu sorriso

A evidência mais provável do destino

Serei sempre mais que antes

E você?

Simplesmente a maestrina que rege tudo isso

Simplesmente o meu sentimento mais prolixo


Daniel Normando

terça-feira, 14 de junho de 2011

Lágrimas de solidão


Gotas de solidão

Vícios e crimes inundam

Medos que tenho então

Penumbra gélida e muda

Medo dos que tem nas mãos

O ouro de uma nação

Descalço de pés no asfalto

Olhando a vida de baixo

Mas ela me dar a mão

Dor e fome nos dão

Lágrimas escoam no chão

Afogam a esperança

Trasbordam os boeiros

Entupidos de desrespeito

Com o povo brasileiro



Daniel Normando

Frisson


A primeira vista

A primeira vez

Do sonho à realidade

Da morbidez ao frisson

Da melancolia à poesia

Da desilusão à epfania

Com olhos de cristal

Eu nunca vi nada igual

De repente

Você surgiu na minha frente


Daniel Normando

Tempo de amar


A quem dera entender o tempo

Dominar o tempo

Para voltar e recuperar o tempo perdido

Tempo que eu te amava

Me perdia no tempo de tanto amor

Mas o tempo passa

As estações passam

E as mudanças acontecem

O tempo retoma o passado

E após um tempo

É novamente tempo de te amar

Um amor sem tempo a perder


Daniel Normando

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Mitologia do amor


Os deuses até prenunciaram a sua chegada

Após tempestades de vendavais

Com penhor de serenidade e brandura

Me salvaste desse mundo de morfeu

Extirpando dessa misantropia intelectual

Dessa escrupulosa vaidade demasiada

Da pungencia do expurgo do coração

Me hospedaste em solo fértil e primaveril


Daniel Normando


Me alimentando da poesia que sublima do seu aroma sutil

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Todas elas juntas num só ser



Não canto mais a flora do baiano Gil

Nem a branquinha de Caetano

Nem mesmo a linda flor de Luíz Gonzaga

Nenhuma continua nos meus planos

Só você!

Hoje eu canto só você!

Só você!

Já esqueci a garota de Ipanema

E a Iracema de Adoniran

As doze deusas de Edua e Chico

Até a amada amante de Roberto Carlos

Nem a carioca de Vinícius

Só você!

Hoje eu canto e toco só você!

A musa dentre as musas de A a Z



Adaptação de Lenine

domingo, 5 de junho de 2011

Perdão por te amar assim



A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar

Depois do seu beijo de aurora

Eu tão singular me vi plural

Sonhei enfim, e vejo agora

Meu coração voltar a pulsar

Perdão por esse amor repentino

Pelo amor melancólico que exala dos meus sentidos

Pela saudade que inquieta o meu espírito

Pela vontade de sentir novamente o perfume do teu sorriso

Pelo desejo de repetir seu beijo doce

De venerar o brilho que reluz do seu olhar

Perdão por me sentir assim...


Daniel Normando