sexta-feira, 15 de julho de 2011


Invento alguma coisa pra fazer

pra poder te ver

ecrevo pra sentir você por perto

misteriosa, profunda e bela

esquisso nos meus sonhos essa beleza minguante

num quarto crescente parece sorridente

mas me tormenta de desejos

devasta meus sentimentos insanos

de baixo dos lençois, lua cheia

brilhante bailarina da noite

agarradinho com você, lua nova

esperarei o sol se pôr

pra te amar novamente


Daniel Normando

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Sentidos meus


E os seus olhos me hipnotizam

como um caleidoscópio

formado com as cores do horizonte

sua voz soando em meus ouvidos

me encanta como o lendário e fascinante canto das sereias

despertando meu madrigal

sua pele me magnetiza pela suavidade

me atrai desejos hediondos

seu perfume volatiliza no ar

semeando a paz do meu espírito

e esse sonhador titã

regozija em tê-la nesse coração poeta


Daniel Normando

sábado, 25 de junho de 2011

Só por isso


Por que quando você me fala parece um violão nas mãos do Caetano

Por que você parece um poema de Vinícius de Morais recitado no entardecer

Por que você apareceu como uma flor recém-chegada a purificar o dia

Por que você é linda como uma flor no primeiro dia da primavera

Por que seu sorriso é semelhante a uma lua minguante surgindo a meia-noite no horizonte

Por isso te ofereço o que guardei de melhor

Meu singelo e puro amor.


Daniel Normando

Amor paradoxal


Perfeita simetria

Ter o concreto e o abstrato

Ter o real e o surreal

Ter a brisa mansa desenhando o sabor dos seus lábios em minha boca

Ter a lua sorrindo dissipando a escuridão e seu calor me invadindo,

tirando-me a lucidez

Ter o mar da terra da luz e seu corpo suado sorvendo-me de amor

Ter as estrelas mostrando a imensidão e você nos meus braços estremecendo meu coração

Esse foi o cenário do nosso amor

Pintado de simplicidade, retocado com poesia e guardado nos murais da emoção


Daniel Normando

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Diferenças


Enquanto você no Olimpo ai de mim mortal

Enquanto você poesia eu carnaval

Enquanto você brisa eu vendaval

Enquanto eu além de tudo você afinal

Enquanto você monumento eu pedra e sal

Eu quanto eu boemia você romance ideal

Eu dois pra lá

Você dois pra cá

Indiferença


O teu soturno silêncio me invade

Torna as evidências dos fatos invisíveis

Oh musa dos poetas

A vida é um riacho imprevisível

Eu tão simplista

Iluminado pelos raios lunares

Confesso pro infinito todo o meu gostar

Amparado pelo brilho estrelar

Admito meus medos e instintos

Onde isso tudo vai parar?

Só saberei quando o sol acordar...


Daniel Normando

Meu eu


Eu sou o seu romance à moda antiga

Eu sou o seu poeta mais oculto

Eu sou a calmaria e a tempestade

Eu sou brisa da manhã e um vulcão

Eu sou Bossa Nova e Rock Roll

O artista que pintou o seu sorriso

A evidência mais provável do destino

Serei sempre mais que antes

E você?

Simplesmente a maestrina que rege tudo isso

Simplesmente o meu sentimento mais prolixo


Daniel Normando

terça-feira, 14 de junho de 2011

Lágrimas de solidão


Gotas de solidão

Vícios e crimes inundam

Medos que tenho então

Penumbra gélida e muda

Medo dos que tem nas mãos

O ouro de uma nação

Descalço de pés no asfalto

Olhando a vida de baixo

Mas ela me dar a mão

Dor e fome nos dão

Lágrimas escoam no chão

Afogam a esperança

Trasbordam os boeiros

Entupidos de desrespeito

Com o povo brasileiro



Daniel Normando

Frisson


A primeira vista

A primeira vez

Do sonho à realidade

Da morbidez ao frisson

Da melancolia à poesia

Da desilusão à epfania

Com olhos de cristal

Eu nunca vi nada igual

De repente

Você surgiu na minha frente


Daniel Normando

Tempo de amar


A quem dera entender o tempo

Dominar o tempo

Para voltar e recuperar o tempo perdido

Tempo que eu te amava

Me perdia no tempo de tanto amor

Mas o tempo passa

As estações passam

E as mudanças acontecem

O tempo retoma o passado

E após um tempo

É novamente tempo de te amar

Um amor sem tempo a perder


Daniel Normando

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Mitologia do amor


Os deuses até prenunciaram a sua chegada

Após tempestades de vendavais

Com penhor de serenidade e brandura

Me salvaste desse mundo de morfeu

Extirpando dessa misantropia intelectual

Dessa escrupulosa vaidade demasiada

Da pungencia do expurgo do coração

Me hospedaste em solo fértil e primaveril


Daniel Normando


Me alimentando da poesia que sublima do seu aroma sutil

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Todas elas juntas num só ser



Não canto mais a flora do baiano Gil

Nem a branquinha de Caetano

Nem mesmo a linda flor de Luíz Gonzaga

Nenhuma continua nos meus planos

Só você!

Hoje eu canto só você!

Só você!

Já esqueci a garota de Ipanema

E a Iracema de Adoniran

As doze deusas de Edua e Chico

Até a amada amante de Roberto Carlos

Nem a carioca de Vinícius

Só você!

Hoje eu canto e toco só você!

A musa dentre as musas de A a Z



Adaptação de Lenine

domingo, 5 de junho de 2011

Perdão por te amar assim



A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar

Depois do seu beijo de aurora

Eu tão singular me vi plural

Sonhei enfim, e vejo agora

Meu coração voltar a pulsar

Perdão por esse amor repentino

Pelo amor melancólico que exala dos meus sentidos

Pela saudade que inquieta o meu espírito

Pela vontade de sentir novamente o perfume do teu sorriso

Pelo desejo de repetir seu beijo doce

De venerar o brilho que reluz do seu olhar

Perdão por me sentir assim...


Daniel Normando

domingo, 29 de maio de 2011

Observando o destino



Um espetáculo a céu aberto

Uma poesia em movimento

Sinfonia tocada com a pureza da alma

Assim é te observar caminhando pelo destino

Destino esse que paulatinamente se aproxima do meu


Poder sentir seu aroma no incosciente do ser

Poder ter a inspiração pra sursurrar alguns versos em seu ouvido


Assim é ter você por perto

Coração exarcerbado de desejos

Sentimentos enaltecidos pela beleza de menina

Com a pureza do olhar transformará

Meus medos e angunstias em poesia


Daniel Normando

Coração indomado




Esse amor de quimera

que me plorifera

sentimentos indómitos

nesse coração inóspito


Como um cavalo indomado

que rasga na relva seu rastro

com trotes que fogem dos laços

que a vida tentou desbravar



Daniel Normando

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Vida roubada



Paulatinamente roubaste minha atenção

Me tirando do narcisismo e da volúpia do prazer boêmio

Desfruto apenas da arte de te conquistar

Degusto da poesia que exala desses olhos de cristal

Inalo essa vontade incessante de te subjulgar

E se no final a melodia acabar?

Quando acordar e do meu lado você não estiver

Só me resta pro mundo calar

Enquanto o nascer dos dias eu dispuser

Escreverei e beberei dos versos que me inspira

Pra te recitar quando você decidir ao meu amor voltar



Daniel Normando

terça-feira, 24 de maio de 2011

Rumo ao desconhecido


Te amar seria sair em um dia nublado

de ventania

com a bússola quebrada

mas o desejo de chegar os destino almejado

supera os obstáculos

resigna a intuição de conquistar

o que alguém jamais habitou

Essas águas revoltas

me levam ao seu porto

turbilham meus sentimentos

com a presteza do meu ser

agita minha alma para a condescendência

Daniel Normando

Amor épico



Mulher repentina, metáfora das poesias gris

Mulher desdenhosa, mais bela de todas amantes vis

És minha aventura mais homérica

És plenitude de todas tentativas épica

Tua beleza rara me encharca de ideias insanas

Me deparo em teus lábios em situações profanas

Quando acordo volto à realidade

Dos desabores dos amores sem possibilidades



Daniel Normando

Amor ideal


Na infinita penumbra da noite

fico a te imaginar

como uma flor cândida e suave

que desabrocha nos primeiros raios da primavera

Fecho os olhos e sinto o perfume da sua inocência

esboço em meus pensamentos seu perfil

sutil, sereno e doce como uma açucena

espero sair do exilo mórbido e insano que me vejo

dessa utopia de um idealismo sentimental



Daniel Normando

Encontro avassalador


Em exagero penso em você

Penso em pertencer ao seu mundo

Usurpá-la para ser a protagonista da minha história

Quero tornar real essa dramaturgia utópica em que me vejo

Te apresentar todos os personagens do meu existir

Nessa atuação incessante onde o tempo é o vilão

A esperança a heroína

Espero te encontrar não para mudar o começo

Mas sim para reconstruir o final



Daniel Normando

Sentimento aprisionado


Cativo em absoluto sentimento
a outrem
cor de pitanga
pitanga rosa
beleza formosa
coração súbdito
a esse amor eredado
refugiado e trancafiado
em seus olhos de cristal.
em meus sonhos
esquisso seu rosto
sinto esse amor irascível
mas não posso
deixar escapar
o que os meus versos
poderá abrandar

Soneto - Da poesia á loucura



Há quem diga que é inspiração
Outros dizem que é solidão
Ausência da sua pele macia
Leva-me ao desespero de melancolia

Retratos se trasformam em fatos
Nossa história se entrega aos ratos
A poesia se dissolve na lama
Bebo imaginando-a em minha cama

Lágrimas distorcem os versos patéticos
Das vezes que que pensamos num final poético
Resta-me terminar os dias sem sua chama

Refugiu da loucura em desabafo
Versos me retira de um colapso
Da dor de não se ter quem se ama